Património
Tem o Vimieiro grande profusão de monumentos religiosos, sobressaindo a Igreja Matriz, em honra de Nossa Senhora da Encarnação do Sobral. Vasto templo em cruz grega, com seis capelas além da mor, de uma só nave, com frestas estreitas, alpendre exterior e telhado ameado, tecto de abobada ampla artesoada, sem uma única coluna, cuja autoria se remete para o arquitecto da Igreja de S. Francisco de Évora (séc. XVI). De salientar ainda, embora mais pequena, a Igreja da Misericórdia e a Igreja do Espírito Santo, ainda dentro da vila.
Circundante ao povoado, temos a assinalar o Convento de S. Francisco (1554), do qual só restam ruínas, e outras capelas cuja edificação se situa entre os séculos XIV e XVIII.
Convento de S.Francisco
No ano de 1574, a comunidade obteve do Municipio, pela estreiteza dos seus limites originais, nova porção de terra e árvores junto do convento, já em construção.
A casa viveu sempre em dificuldades económicas, por falta de assistência religiosa e dotações particulares, pelo que o Geral da Ordem determinou o seu encerramento nos últimos anos do séc.XVIII e a recolha dos poucos habitantes ao Convento de S. Francisco de Arraiolos.
Palácio dos condes de Vimieiro
Antiga pousada do séc.XVI, foi ampliada por D.Sancho de Faro e Sousa, marechal de campo e governador militar de Estremoz, onde passou a viver com sua esposa, a ilustre poetisa Teresa de Melo Breyner.
Ponte Romana
Ponte de origem romana desconhecendo-se a data da sua construção.
É uma das marcas mais assinaláveis da passagem romana nesta zona.
Fonte do obelisco
A monumental Fonte-obelisco dos jardins do Palácio dos Condes do Vimieiro, de estilo neoclássico, foi dedicada à 4ª Condessa de Vimieiro, D. Teresa Josefa de Melo Breyner. É constituída por uma grande taça de mármore, levantado-se ao centro sobre uma base de basalto um pedestral quadrangular ornado de quatro carrancas, que sustenta uma pirâmide quadrada de nove metros de altura, de mármore, tendo no vértice uma pinha. Os baixos-relevos da base da pirâmide são alusivos às Artes, Letras e Ciências. Séc.XVIII.
Fonte do Vimieiro
Outra das construções antigas, de rara beleza é a fonte que antigamente abastecia de água a população do Vimieiro. Esta fonte era utilizada pelas mulheres que iam lavar a roupa, pois possui um amplo tanque.
Antigas Casas da Câmara
Construídas no ângulo meridional do Largo da Praça, sofreram modificações importantes nos sécs.XVI e XVIII e, consideradas devolutas com a publicação do Decreto de 24 de Outubro de 1885, que extinguiu o Concelho, foram mais tarde cedidas, pelo Estado, ao Comando da Guarda Nacional Republicana, que as ocupa na actualidade.
O último administrador do Concelho foi Joaquim Cordeiro Galão.
O Arquivo Municipal, no edificio reunido, descaminho intencional várias vezes, até que se perdeuna quase totalidade em 1846, durante o incêndio provocado pela população nas agitações da Patuleia.
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